A integração de sistemas SAP é um pilar estratégico para empresas que buscam eficiência, governança e competitividade no mundo digital. Ao conectar SAP S/4HANA ou ECC a outras aplicações — sejam internas ou externas — é possível automatizar processos, eliminar silos de dados e acelerar a tomada de decisão. No entanto, a complexidade técnica, os riscos de performance e as diferentes abordagens disponíveis podem transformar essa jornada em um desafio.
Neste artigo, exploramos as melhores práticas em integração de sistemas SAP, com foco em APIs modernas, metodologias, governança e tecnologias como SAP Integration Suite, PI/PO e CPI.
Por que as APIs modernas são essenciais na integração de sistemas SAP
- Escalabilidade e governança: APIs RESTful, OData e SOAP permitem conexões padronizadas, autenticadas com OAuth 2.0, segmentadas por políticas de uso e monitoramento central — tudo com segurança e controle de acesso. A SAP recomenda o uso de sua API Management dentro do Integration Suite para registrar, proteger e observar APIs de forma centralizada.
- Produtividade na criação e manutenção: ao invés de criar soluções customizadas, use os mais de 4.000 APIs prontas e 3.400 integrações pré-construídas disponíveis no SAP Integration Suite — acelerando entregas e reduzindo retrabalho.
- Qualidade de dados e compliance: com APIs documentadas e governadas, empresas reduzem erros e entregam integrações confiáveis e auditáveis. O uso do Integration Assessment orienta boas práticas desde o início do projeto.
Tecnologias-chave para integrar sistemas SAP
- SAP Integration Suite (iPaaS): plataforma oficial da SAP para integração entre ambientes on‑premises, cloud e híbridos. Suporta integração A2A, B2B e B2G com automação inteligente e IA embutida no mapeamento e monitoramento dos fluxos.
- SAP PI/PO (Process Integration / Process Orchestration): solução legada ainda utilizada, mas em processo de descontinuação. Embora robusta, tem sido substituída progressivamente pela Integration Suite por oferecer maior flexibilidade e menor custo total de propriedade.
- OData / REST / SOAP / IDocs / RFC / BAPI: APIs disponibilizadas diretamente no ERP. OData é a tecnologia mais atual e leve, enquanto IDocs e RFC ainda são úteis para cenários legados — mas exigem governança rigorosa.
Estabelecendo boas práticas de integração: ISA-M Methodology
A SAP Integration Solution Advisory Methodology (ISA‑M) fornece uma abordagem estruturada para governar integrações:
- Definir os “dos and don’ts”: normas técnicas como validar entradas, evitar colapsos de performance e garantir naming conventions, além de diretrizes de segurança e separação de responsabilidades.
- Criar blueprints de arquitetura: modelos visuais que indicam quando usar Integration Suite, PI/PO, API Management ou outros recursos SAP em cada tipo de cenário de integração.
- Realizar avaliação de interfaces (Interface Assessment): análise contínua das integrações requeridas, com mapeamento de tecnologias e regras a serem seguidas por cada desenvolvedor.
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Arquitetura híbrida: integrando SAP e a nuvem com segurança
- Em ambientes corporativos modernos, muitas integrações ocorrem entre sistemas SAP on‑premise e aplicações cloud. O SAP Integration Suite é ideal para esse cenário híbrido, pois oferece conectores seguros e fluxo Cloud-to-On‑Premise nativo via Cloud Connector ou Edge Integration Cell.
- Além disso, o uso de Event Mesh permite integrações baseadas em eventos (event-driven architecture), integrando SAP e sistemas externos em padrões síncronos ou assíncronos sem perda de governança.
Desafios comuns e como vencê-los
- Uso de RFCs diretos ou IDocs sem governança: muitos projetos ainda utilizam essas tecnologias sem documentação ou controle de performance. O ideal é documentar, limitar e eventualmente migrar para APIs modernas ou Integration Suite quando possível.
- Sobrecarga de customizações: integrações criadas ad-hoc podem gerar complexidade e impactar suporte no futuro. A disciplina via ISA‑M e blueprints ajuda a reduzir esse risco.
- Falta de monitoramento centralizado: sem tools como API Management ou Integration Monitor é impossível rastrear falhas rapidamente. Ferramentas nativas, com painéis e alertas automáticos, são essenciais.
Benefícios reais da integração moderna
- Menor time-to-market: ao usar conectores pré-construídos e APIs gerenciadas, as integrações são criadas e modificadas com menos esforço.
- Menos erros operacionais: padrões de design e validação de dados garantem integridade entre sistemas.
- Governança robusta: com API catalog, logs centralizados e políticas de segurança baseadas em OAuth, RBAC e criptografia.
- Flexibilidade e escalabilidade: cenários de integração se adaptam com crescimento tecnológico, novas ERPs, plataformas SaaS ou IoT.
Conclusão
A integração de sistemas SAP é um componente vital para a transformação digital das empresas modernas. Quando bem planejada, utilizando APIs modernas, Integração híbrida via SAP Integration Suite, boas práticas definidas pela ISA‑M, e governança rigorosa, é possível criar uma arquitetura robusta, escalável e segura.
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- Otimizar integrações existentes;
- Desenvolver novas conexões sob medida;
- Migrar de PI/PO para CPI com segurança;
- Suportar upgrades de NetWeaver;
- Executar troubleshooting proativo;
- Instalar e configurar Cloud Connector.
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